quarta-feira, 21 de outubro de 2009
III. A tomada da palavra: Oumarou Ganda, de objeto a sujeito | Programa 3 (73’):
Eu, um negro, Jean Rouch, 1959, 73’
Eu, um negro conta uma semana na vida de um grupo de jovens migrantes nigerianos em Treichville, bairro pobre de Abdijan. O narrador e herói desta história é Edward G. Robinson, apelido de Oumarou Ganda. Ganda e seus compatriotas tomam a palavra para comentar suas vidas. Indo além do cinema etnográfico, Jean Rouch faz aqui o que ele mesmo chama de “etnoficção”, um híbrido entre o filme etnográfico e o cinema de ficção. Eu, um negro foi celebrado por Jean-Luc Godard como uma “revolução cinematográfica”.
Jean Rouch : “pela primeira vez na história do cinema, um africano teve o direito à palavra, o direito de dizer tudo e de fazer tudo”.
Oumarou Ganda: “Eu sentia que a realização daquilo que eu pensava devia ser diferente, porque, na realidade, eu era também um pouco co-diretor deste filme. Eu trazia a minha parte a cada dia, nós trabalhamos juntos e depois Rouch fez a montagem...”.
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