mostra 50 anos de cinema da áfrica francófona: XII. As guerras civis: o desafio da memória diante das fissuras nacionais

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

XII. As guerras civis: o desafio da memória diante das fissuras nacionais | Programa 33 (68’):

Ruanda in memoriam, Samba Félix N’Diaye, 2003, 68’

Entre abril e julho de 1994, o massacre dos Tutsis e Hutus moderados fez um milhão de mortos. Por iniciativa do Fest’África, uma dezena de autores africanos se encontraram para escrever um projeto em Kigali, quatro anos depois dos acontecimentos, buscando quebrar o silêncio dos intelectuais africanos sobre o genocídio. Em maio de 2000, na ocasião da publicação de uma série de obras inspiradas nessa experiência, escritores e artistas da África e de outras partes se reuniram em Ruanda. Confrontado aos vestígios do genocídio, Samba Félix N’Diaye soube achar a distância justa para filmar o inominável, passando, ao mesmo tempo, uma mensagem de esperança.

“Este filme é uma ode à vida. E assim sendo, é um requisitório contra aqueles que utilizam a morte para manipular os vivos”. (Olivier Barlet)

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50 Anos de Cinema da África Francófona : olhares em reconstrução e identidades reinventadas.

A maior mostra de filmes africanos já realizada no Brasil.

O cinema africano nasceu marcado pela necessidade dos povos africanos de construirem suas próprias representações de si mesmos, pela necessidade de descolonizar as imagens da África, pela reconquista do direito a contar suas próprias histórias.
E quando os africanos se apropriam do cinema, uma invenção ocidental, para produzir suas próprias imagens e narrativas de si mesmos, não apenas uma África diferente da que vemos nos telejornais surge nas telas, mas também, pelas mãos desses cineastas, o cinema se reiventa, uma outra possibilidade de cinema surge.
A mostra 50 anos de Cinema da Africa Francófona : olhares em reconstrução e identidades reinventadas, que integra a programação oficial da temporada cultural do Ano da França no Brasil, pretende apresentar à Bahia o traçado histórico do cinema africano francófono, dessa cinematografia que é considerada a mais jovem cinematografia do mundo, tentando tornar visível a maneira como a África e o cinema se reinventam, um através do outro.

A programação privilegia uma organização tanto temática quanto cronológica, de modo a possibilitar a compreensão da maneira como esses filmes colaboram para a reconstrução de um olhar sobre África e a reinvenção das identidades africanas. Por isso, todas as gerações desse cinema estão representadas, através dos cineastas mais relevantes e premiados em festivais internacionais.

A temática fundamental que atravessa os filmes selecionados nessa mostra tocam particularmente as questões de identidade e diversidade cultural. Como afirma Dany Glover, “as histórias que nós vemos no cinema africano refletem as histórias dos povos que re-imaginam e recriam sua própria identidade, e esse é um tema que tem ressonância nos jovens do mundo inteiro”.
Amaranta Cesar – curadoria e concepção.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

XII. As guerras civis: o desafio da memória diante das fissuras nacionais | Programa 33 (68’):

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50 Anos de Cinema da África Francófona : olhares em reconstrução e identidades reinventadas.

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