Bamako, Abderrahmane Sissako, 2006, 118’
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
VIII. Diáspora 4: para além do espaço, a utopia africana | Programa 19 (118’):
fotos: Bamako
Bamako, Abderrahmane Sissako, 2006, 118’
Bamako, Abderrahmane Sissako, 2006, 118’
Esmagado pela dívida externa e pelo ajustamento estrutural imposto pelo FMI, o continente africano luta pela sua sobrevivência. Diante desse drama, representantes da sociedade civil africana entram com um processo contra as instituições financeiras internacionais (o Banco Mundial e o FMI). O processo acontece em Bamako, capital do Mali, no pátio de uma casa, no meio dos habitantes que se ocupam de seus afazeres, atentos ou indiferentes ao debate. Entre eles estão Chaka e Melé. Ela é cantora em um bar, ele é desempregado, o casamento deles está se desgastando…
Bamako é um filme sobre a palavra. “Fala-se muito da África e ela fala muito pouco de si mesma”2, afirma Sissako. E é esta constatação que marca a diferença do peso das palavras no julgamento encenado no filme: se em todos os filmes de processo, as palavras são uma arma, em Bamako esta verdade ganha uma dimensão política. O processo é a oportunidade de uma tomada de palavra, e é através das palavras dos africanos, das testemunhas e dos magistrados que vêm ao banco dos réus, que uma África diferente se ergue: “uma África não somente de guerras e fome, mas também uma África que é consciente do que lhe acontece”, como declarou Abderrahmane Sissako3.
Grande prêmio do público no Festival Paris Cinéma 2006; Prêmio Especial do Júri JCC 2006
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